O primeiro Congresso Nacional da Associação da Análise do Comportamento do Brasil, realizado na USP, nos últimos dias 15 e 17 de novembro, foi mais que uma reunião entre os principais profissionais da Análise do Comportamento Aplicada do Brasil. Foi também um momento de importante discussão sobre o  esenvolvimento da área no país, cuja demanda por profissionais capacitados cresce todos os anos.

Tendo como tema principal o autismo, o evento foi considerado muito oportuno para a comunidade acadêmica, profissionais da análise do comportamento e pais de indivíduos dentro do Espectro do Autismo, especialmente em um momento no qual cresce a oferta de serviços na área de pessoas que não têm a competência e a capacitação profissional apropriada.

A Diretora Clínica da Casulo Comportamento e Saúde, drª Mylena Lima, foi uma das palestrantes do evento e ressaltou a importância do encontro para discutir os riscos à população que a oferta de tratamentos não apropriados para essa população, principalmente levando em consideração o aumento da prevalência do autismo na população brasileira.

“Discutir a implementação de programas de Análise do Comportamento Aplicado ao autismo e a possibilidade de formação profissional no Brasil é fundamental para dar qualidade e segurança para famílias e para as próprias pessoas dentro do espectro”, afirma Mylena.

Lembrando que a Terapia ABA é a única que possui uma efetividades comprovada através de estudos feitos com a metanálise — análise estatística de diferentes estudos feitos separadamente para comprovação da efetividade de programas abrangentes e focais na análise de comportamento — de estudos clínicos.

A importância desses estudos é o que caracteriza que componentes fundamentais para a implementação de um programa ABA e tais componentes só podem ser colocadas em vigor se as pessoas que estão realizando e desenvolvendo esse programa possuem um domínio completo da análise do comportamento.

Por isso, parte essencial do encontro foram as discussões sobre as características dos programas de análises do comportamento aplicados ao autismo e também a relevância dos profissionais responsáveis pela implementação desse programa tenha uma vasta e comprovada capacitação dentro da área.

“O uso de uma técnica errada pode resultar em prejuízos sérios e, por vezes, irreversíveis para o desenvolvimento do indivíduo com TEA”, conclui Mylena.

Autismo: O que fazer enquanto encontrado o tratamento correto?

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