Um dos sinais do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é a sensibilidade sensorial. Mas você sabe como ela se manifesta em indivíduos dentro do espectro?
Essa sensibilidade afeta a capacidade dos indevidos de entender e processar estímulos sensoriais, como texturas, sons, luzes, cores, cheiros etc.
Apesar de não ser um sinal exclusivo do autismo, de modo geral, quem está dentro do espectro tem mais sensibilidade e podem ter reações ruins quando se deparam com esse tipo de estímulo.
Essa dificuldade de processar estímulos pode inclusive ser a causa de certos comportamentos difíceis. Por causa do excesso de estímulo, a pessoa pode se sentir mais ansiosa, irritada, sensível ou nervosa e reagir a esses incômodos, ou simplesmente criar resistência a rotinas que incluam esses objetos que causam desconforto, como escovar os dentes, pentear o cabelo ou usar um sapato fechado.
Assim como outros sinais do autismo, a sensibilidade sensorial não se manifesta da mesma maneira em todas as pessoas dentro do espectro e nem todo autista vai apresentar sensibilidade sensorial.
Hipersensibilidade e Hiposensibilidade
Quando falamos em sensibilidade, não estamos falando apenas de barulhos altos (como fogos de artificio), iluminações fortes (como em festas) ou texturas diferentes (como a areia do parquinho). Autistas podem reagir a alimentos com texturas diferentes, roupas de um tecido que causa desconforto, barulhos de um móvel etc.
Esse comportamento de fuga e irritabilidade relacionado a estímulos que não são notados por pessoas neurotípicas (como cheiros, texturas e sons) caracteriza uma hipersensibilidade a estímulos. Ela pode se manifestar através do medo, do congelamento, e também de reações agressivas e ansiosas relacionadas a esse estímulo.
No entanto, nem sempre a sensibilidade sensorial vai fazer com que os indivíduos se afastem do estímulo. Muitas vezes, pessoas com autismo podem se sentir atraídas a determinados estímulos, cheirando objetos de forma sistemática, batendo em móveis, ou tendo dificuldades de perceber sensações como a fome, dor, cansaço ou saciedade.
Essa atração pelo estímulo é chamada de hiposensibilidade. Ela precisa de tanta atenção quanto a hipersensibilidade, uma vez que ela pode se manifestar através de comportamentos inapropriados e até mesmo perigosos.
Como lidar com a sensibilidade sensorial?
É possível lidar com a sensibilidade sensorial através de terapias integradas que atendam as necessidades individuais de cada indivíduo. Depois de identificadas, é possível intervir para diminuir o desconforto e os comportamentos negativos associados as sensibilidades sensoriais através de um programa integrado, com profissionais de diversas áreas atuando em conjunto para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.
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