O mês de abril é reconhecido internacionalmente como o Mês da Conscientização do Autismo. O objetivo desse período é dar visibilidade ao TEA, discutir práticas e legislações que garantam tratamento efetivo universal.
E por isso, é fundamental falarmos sobre a inclusão social. Ou seja, o conjunto de práticas e ações que combatem toda e qualquer forma de exclusão da vida em sociedade, motivadas por diferenças sociais e preconceitos dos mais diversos.
Muitas vezes, seja por desinformação ou preconceito, pessoas com TEA e suas famílias são continuamente excluídas de momentos de interação social, como confraternizações na escola, festas de família, celebrações, viagens etc.
Ainda existe o senso comum de que pessoas com autismo são antissociais, não gostam de estar próximos de outras pessoas e não sentem o isolamento. Mas isso não é verdade, as pessoas com TEA são diversas e, ainda que tenham algumas dificuldades na interação social, devem sim fazer parte da comunidade e se relacionarem com seus pares.
Promover a inclusão é uma tarefa diária e para praticá-la não é necessário ser profissional de saúde ou familiar. É no dia a dia que criamos oportunidades para que todas as pessoas, independentemente das suas diferenças, possam se sentir parte de uma comunidade e exercer seus direitos.
Por isso, separamos uma série de dicas dos nosso profissionais. Vamos praticar a inclusão?
Se você vai convidar a família de uma criança ou adolescente com TEA para uma confraternização:
• Pergunte se a criança/adolescente tem alguma restrição alimentar e esteja atento;
•Promova a socialização das crianças/adolescentes neurotípicas, ensinando que existe várias formas de ser e se comportar;
•Os pais sempre sabem o tempo de tolerância de seus filhos, caso eles decidam ir embora, respeitem a decisão e substituam frases de “já vão?” por “compreendemos, teremos mais oportunidades!”
•Se a criança estiver apresentando comportamentos disruptivos, chame o responsável imediatamente e evite dar opiniões ou conversar com a criança nesse momento. Ofereça um lugar seguro e tranquilo para que possam se dirigir.
•Caso a criança/adolescente tenha questões sensoriais auditivas, é importante verificar volumes de som, para que seja agradável a todos;
Se você tem um vizinho, conhecido ou quer garantir um ambiente mais agradável para todos:
•Evitar sons/músicas muito altas;
•Fogos de artifício também não são legais;
•Evitar comentários sobre a condição da criança. Substitua “Que pena que ele não fala ainda” por “Você pode me explicar mais sobre o atraso na fala?”
•Ofereça ajuda aos pais caso necessário, caso recusem, não insista;
•Ao encontrar uma criança apresentando comportamentos disruptivos (birra, choro), chame o responsável, se eles já estiverem presentes, não seja uma plateia, continue seu caminho sem interferir.
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