As Olímpiadas de Tokyo começaram e no Brasil inteiro se conversa sobre os benefícios das práticas esportivas e atividades físicas de modo geral. Mas será que, além dos benefícios físicos, os exercícios podem trazer benefícios comportamentais e de saúde mental?
Durante a prática de atividades físicas, o coração bate mais rápido, circulando mais sangue pelo corpo, incluindo o cérebro. Você respira mais rápido e mais profundamente, aumentando o oxigênio para o cérebro e também para os músculos.
O exercício aumenta a liberação de várias substâncias químicas cerebrais chamadas neurotransmissores. Isso inclui endorfinas e dopamina, que afetam o funcionamento do nosso cérebro. Dessa forma, os exercícios podem ajudar todo o corpo, incluindo o cérebro, a funcionar da melhor forma.
Assim, os exercícios podem trazer benefícios comportamentais para as pessoas com autismo e questões relacionadas. Vários estudos analisaram os efeitos do exercício em crianças e adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Eles mostram evidências claras de que o exercício melhora a atenção, concentração e habilidades organizacionais.
Pesquisas comprovam
Um estudo encontrou melhorias claras nessas áreas após apenas 30 minutos de exercícios aeróbicos. Outro estudo mostrou melhor comportamento, habilidades de pensamento e desempenho escolar após 20 minutos de exercícios em crianças com ou sem TDAH. No segundo estudo, as crianças com TDAH também apresentaram melhora no autocontrole e diminuição do comportamento impulsivo.
Certamente, melhorias na atenção, concentração e autocontrole ajudariam os indivíduos com transtorno do espectro do autismo (TEA). E temos boas evidências de que o exercício pode fornecer benefícios semelhantes para crianças e adultos nesse espectro.
Em particular, estudos têm mostrado que o exercício reduz comportamentos que prejudicam o desenvolvimento, como comportamentos repetitivos, automutilação, perturbação e agressão. Esses benefícios duram várias horas durante e após o exercício e podem produzir uma espécie de reforço positivo, tornando mais fácil para pais e terapeutas encorajar os exercícios.
*Texto traduzido e adaptado do Autism Speaks
Deixe uma resposta
Quer participar da discussão?Sinta-se à vontade para comentar!