O Consentimento Informado é fundamental na intervenção ABA hoje em dia. Isso porque a Análise do Comportamento Aplicada como Ciência nos oferece uma tecnologia capaz de gerar intervenções clínicas efetivas para os mais diferentes problemas humanos. No entanto, precisa ser acompanhada de uma boa análise de risco-benefício. Desde o artigo seminal de Wolf, Risley and Todd (1968) as práticas culturais já se modificaram significativamente. Desde então, a premissa básica de que a ABA prioriza o bem-estar do recipiente dos serviços está ainda mais fortalecida não apenas pela própria ciência, mas por práticas sociais vigentes.
Skinner (1953) já estabeleceu que o objetivo da Análise do Comportamento é o bem-estar do cliente, a integridade da profissão e a sobrevivência da cultura. A prática ética e responsável do analista do comportamento precisa ajustar-se aos movimentos sociais que buscam aumentar a segurança daqueles que recebem os serviços, bem como garantir que as necessidades individuais sejam atendidas em sua completude.
Proteger e oferecer garantias aos direitos humanos das pessoas que atendemos e respeitar sua individualidade são fortes motivos para a obtenção de consentimento informado antes de propor intervenções clínicas.
Essas são premissas da abordagem centrada no cliente que espera-se que todo profissional da análise do comportamento seja competente para oferecer. Mas, é ainda mais relevante quando o profissional trabalha com crianças e pessoas vulneráveis que dependem das salvaguardas de padrões éticos de atuação profissional.
Há outros motivos, como por exemplo, os eventos fartamente encontrados na nossa história social, nas quais os direitos individuais foram desrespeitados durante a implementação de intervenção comportamental.
A Terapia ABA deve ser feita de forma dedicada, com compaixão e respeitando a individualidade do cliente, por um profissional que tem como foco o desenvolvimento da pessoa atendida e não na aplicação rígida de procedimentos.
Consentimento informado permite aos pais e cuidadores a oportunidade de avaliar em detalhes qualquer proposta de intervenção antes que seja diretamente implementada. Deste modo, é possível decidir, a partir de informação suficientemente abrangente, se aquela proposta está adequada à cultura familiar e as expectativas de desenvolvimento que os pais têm para seus filhos.
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